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Projeto Sementas da Vida finaliza ciclo de oficinas de diagnóstico e trocas

29/11/2022

A última sexta-feira, 25 de novembro, foi o último dia de oficinas de diagnóstico e de intercâmbios do projeto Sementes da Vida - Sementes Crioulas - Patrimônio dos Povos, no Centro de Formação Luiz Inácio Lula da Silva na sede do polo do Agreste Meridional da Fetape, em Garanhuns (PE). Cerca de 30 agricultoras e agricultores guardiães de sementes e dirigentes de sindicatos estiveram reunidos e reunidas durante a manhã até o início da tarde para trocar, discutir, problematizar e pensar soluções para os desafios da guarda de sementes nas comunidades, tradição geracional e ancestral que vem sendo recuperada e estimulada no contexto de agricultura familiar e da soberania alimentar.

A cidade de Garanhuns, localizada no polo do Agreste Meridional, foi a última a receber as oficinas do projeto.

Ao longo dos meses de outubro e novembro desse ano, a equipe do projeto percorreu dez cidades da Mata ao Sertão pernambucanos, distribuídas ao longo dos dez polos da Fetape: Ribeirão (Mata Sul), Lagoa de Itaenga (Mata Norte), Manari (Sertão do Submédio São Francisco), Dormentes (Sertão do São Francisco), Santa Cruz (Sertão do Araripe), Santa Cruz da Baixa Verde (Sertão Central), São José do Egito (Sertão do Pajeú), Surubim (Agreste Setentrional), Brejo da Madre de Deus (Agreste Central) e Garanhuns (Agreste Meridional).

As sementes da vida, ou sementes crioulas, são patrimônio vivo e herança genética de nosso solo, nosso clima e nossas formas de produzir

Cerca de 300 homens e mulheres do campo, guardiões e guardiãs do patrimônio das sementes da vida, entre também dirigentes de sindicatos, estiveram presentes ao longo dos dez encontros realizados para potencializar a guarda das sementes nas diferentes regiões, a partir de características de clima, de solo e de organização local e comunitária.

Essa etapa foi a continuação das entrevistas do diagnóstico que mapeou quem, onde e como é feita a guarda de sementes crioulas pelo estado. Mais de 300 guardiães responderam a cerca de 60 perguntas mapeadoras. Os dados estão em fase de análise e tabulação e deverão indicar os novos passos do projeto.

Guardiões e guardiões de sementes da vida puderam trocar sementes e saberes ao longo das dez oficinas realizadas da Mata ao Sertão.

As oficinas deverão gerar, como um de seus produtos, uma cartilha sistematizadora das experiências e vivências realizadas durante cada uma das oficinas, que deverá ser lançada ainda esse ano.

O projeto Sementes da Vida - Sementes Crioulas - Patrimônio dos Povos é executado por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Doriel Barros, com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco (SDA-PE).