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Sociedade civil cobra proteção ambiental em regiões onde há instalação de parques eólicos em Pernambuco

As entidades da sociedade civil que compõem o Grupo de Trabalho Eólicas Pernambuco/Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) se reuniram, no último dia 25, com a secretária executiva da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Inamara Melo, para cobrar uma ação de acompanhamento efetivo ao acesso de empresas de energia eólica nas regiões brejeiras, do Agreste de Pernambuco, onde inúmeras famílias agricultoras moram e vivem da produção da agricultura familiar. As consequências socioambientais são reflexo do atual modelo de expansão da energia eólica.

O GT, do qual fazem parte pela sociedade civil a Fetape, a Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicutores (APIME) e o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e do Meio Ambiente (Sintape), já havia cobrado uma resposta do secretário da Semas, José Bertotti. Segundo a secretária executiva Inamara Melo, os interesses da Semas não divergem das pautas da Fetape.

As instalações dos parques eólicos no estado têm trazido consequências negativas. Por isso, o GT tem cobrado a conservação ambiental, de áreas protegidas, especificamente a dos brejos de altitude; e a proteção das condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais das áreas sob influência direta e indireta dos complexos eólicos, e o respeito a natureza local.

A diretora de Política para o Meio Ambiente, Rosenice Nalva, relatou que agricultores e agricultoras continuam a assinar documentos com as empresas. “Estão assinando sem conhecimento. Este procedimento poderá expressar divergência de limites das terras e limites entre vizinhos”, disse.


Para o professor Heitor Scalambrini, que tem sido atuante neste processo, as fontes renováveis solar e eólica são imprescindíveis para a transição energética. “Como estas fontes serão implantadas podem provocar grandes impactos socioambientais. Necessário que boas práticas sejam adotadas pelos empreendedores, e que levem em conta o respeito as populações locais e a proteção do meio ambiente”, afirmou o docente.

O alerta das entidades é para que o Governo de Pernambuco tenha a preocupação em saber quais empreendimentos irá apoiar, não devendo apenas ter como indicadores geração de empregos e impostos gerados, pois existem outros fatores a serem considerados. "O GT não foi criado para discutir a importância das energias consideradas limpas, deixando de  aprofundar o debate sobre os problemas socioambientais de tais empreendimentos. Esperamos que atuação do GT e do próprio CONSEMA/PE tomem novos rumos na discussão sobre as energias eólicas e solar", pontuou o membro da APIME, Alexandre Moura.

O conselheiro do Consema/PE e representante da Sintape, Ademir Damião, colocou a necessidade de se rever a atuação do GT para que se discutam as questões ambientais, sociais.  “Esperamos que atuação do GT e do próprio CONSEMA/PE tomem novos rumos na discussão sobre as energias eólicas e solar".




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