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Mulheres rurais reafirmam compromisso com a luta sindical em Encontro Estadual Virtual

8 DE MARÇO

Em celebração ao Dia Internacional de luta da Mulher (8 de março), a Fetape e a Comissão Estadual das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Pernambuco (CEMTR/PE) promoveu o Encontro Estadual das Agricultoras Familiares – 8 de março, Pela Vida de Todas as Mulheres, Resistiremos!, na sexta-feira (05), em plataforma virtual.

A programação teve painéis com debates políticos, apresentação das campanhas Pela Vida de Todas as Mulheres, Resistiremos e Sindicato de Portas Abertas, místicas com músicas e vídeos de cantoras pernambucanas como Gabi da Pele Preta e Nêga Azevedo, Em um dos momentos do encontro foi realizado o painel: Pela Luta de Todas as Mulheres Resistiremos!, que contou com a participação da educadora popular Socorro Silva e a diretoria de Organização e Formação Sindical da Fetape, Jenusi Marques.

Socorro falou sobre a violência estrutural que gera a violência de classe, de raça e de gênero, em especial neste momento de pandemia, que tem intensificado a sobrecarga de trabalho para as mulheres rurais e urbanas.  Além da pandemia há o desmonte do Estado as políticas de proteção social ainda recentes estão sendo destruídas.
“As políticas sociais são dos anos 2000 pra cá, do governo Lula pra cá, então é algo que não estava internalizado em todas as esferas do Estado brasileiro. E a pandemia tem um recorte de gênero e por isso as mulheres são as que sofrem mais. Gera fome, sobrecarga de trabalho, violência doméstica, falta de acesso aos canais de denúncia e subnotificação da violência”, afirmou Socorro Silva.

A diretora de Organização e Formação, Jenusi Marques, falou sobre o agravamento das questões de saúde em virtude do aumento de casos da pandemia. Apresentou dados de mulheres serem as mais infectadas pelo coronavírus. Porém, os homens têm perdido mais a vida para o vírus por cuidarem menos da saúde em comparação às mulheres. “É preciso lembrar que são as mulheres que estão na linha de frente fazendo compras, cuidando de filhos, se expondo cada vez mais e acabamos contraindo mais esse vírus”, avaliou a diretora.

Momento político – A abertura política do encontro contou com a presença da presidenta da Fetape, Cícera Nunes, a diretora de Política para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento, a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, Mazé Moraes, a vice-presidenta da CUT-PE e da Comissão Estadual das Mulheres Trabalhadoras Rurais (CEMTR/PE), Uedislaine Santana, o deputado estadual Doriel Barros (PT/PE) e o deputado federal Carlos Veras (PT/PE).

“Nesses últimos 5 anos temos enfrentando muitos desafios em nossas vidas, mas temos sido resistentes frente aos desafios, estamos erguidas e erguidos, nos reinventando nesse momento de poder realizar um encontro como esse”, disse a Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, Mazé Moraes.

A diretora de Política para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento, trouxe a importância do 8 de março e do avanço na luta por direitos. “Precisamos continuar denunciando para o mundo que nós ainda precisamos avançar no acesso aos direitos e em tantas outras questões que nos afligem e não podemos ficar caladas. Estamos aqui nesse encontro para fazer as reflexões necessárias para dentro e para fora do movimento  sindical rural”.

A presidenta Cícera Nunes alertou da importância de o MSTTR-PE continuar unido, pensando ideias e propostas para implementação de políticas públicas em Pernambuco. Pressionar, construir diretrizes e leis para que sejam acessados os direitos da agricultura familiar. “No mês de março temos lutas mais acirradas, somos  fortes, tem dias que a gente chora, tem fraquezas, mas a luta tem que continuar. Essa fortaleza de nós mulheres é importante”, concluiu Cícera.

O deputado federal Carlos Veras falou da atuação em âmbito federal, durante o mês de março, em que será dada mais visibilidade as pautas femininas, tanto de mulheres urbanas quanto rurais. “Esse mês será de muitos desafios. Na última quarta-feira o Senado aprovou em primeiro turno a PEC 186, que não tem nada de auxílio emergencial. O que tem são limites no investimento em saúde e educação. É uma chantagem do governo Bolsonaro pra destruir o serviço público. Sempre que há uma destruição de uma política pública as mulheres são as primeiras a serem atingidas”, lembrou Veras.

No campo da política estadual, o deputado Doriel Barros enfatizou as preocupações com a pandemia e a incompetência do governo federal para conter o avanço dos casos, mas reafirmou a luta do MSTTR-PE. “Mesmo diante dessa situação, o movimento sindical se mantém na trincheira de luta. O momento não possibilita estarmos em eventos presenciais, mas virtual. Nosso objetivo é continuar fazendo a luta política, principalmente das trabalhadoras rurais. As mulheres têm participado ativamente desta luta”.  


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