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Volta às aulas e pandemia: Comitê de Educação do Campo promove coletiva nesta sexta (21)

As entidades que compõem o Comitê Pernambucano de Educação do Campo promoverão nesta sexta-feira (21), uma coletiva de Imprensa para tratar do assunto volta às aulas presenciais em meio a pandemia do coronavírus. A coletiva será no Armazém do Campo (av. Martins de Barros, 387, bairro Santo Antônio), às 9h.

O Comitê Pernambucano de Educação do Campo, em conjunto com outras entidades, divulgou nota na qual reafirmam serem contrários ao retorno de aulas presenciais neste ano. As entidades defendem que isso ocorra somente quando houver uma vacina para combater a COVID-19. Com a garantia de que haja controle efetivo da pandemia no mundo.

Entre os pontos defendidos pelo Comitê estão o pedido de que nenhuma escola seja reaberta durante a pandemia, a realização de encontros de representantes do governo do estado, universidades, institutos federais, sindicatos de trabalhadores em educação e entidades representativas dos povos do campo e da cidade para discutirem os problemas educacionais que se agravaram na pandemia e suas formas de enfrentamento.

Além disso, é solicitado a garantia de emprego sem redução de salários para trabalhadores e trabalhadoras da educação e a readmissão imediata de profissionais demitidos. Em relação as escolas rurais as entidades destacam a necessidade de ampliação do processo de compra de alimentos da agricultura familiar e o fortalecimento de políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Ano letivo 2020 - As secretarias de Educação do Estado e de municípios vêm se utilizando das tecnologias digitais da informação e da comunicação para, por meio de programas de rádio e TV e de aplicativos como whatsapp, youtube, meet e zoom realizarem atividades remotas. No entanto, a realização de tais atividades esbarra nas dificuldades de acesso às referidas tecnologias por parte da maioria dos/as estudantes, bem como na precarização do trabalho docente que decorre, dentre outros fatores, da falta de infraestrutura e da ausência de formação específica para os/as professores/as. Por consequência, tende-se a reforçar um modelo de educação dissociado das realidades dos/as estudantes na sua diversidade sociocultural.

As comunidades camponesas têm sido negligenciadas, como evidencia o fechamento de mais de 3 mil escolas do campo nesta década em Pernambuco. Os diferentes povos do campo sofrem mais intensamente os impactos da crise sanitária atual e, em particular, a ausência das condições mínimas necessárias para vivenciar o ensino remoto. A falta de equipamentos, a precariedade de acesso à internet, a limitação dos espaços físicos e a ausência de formação dos familiares para construir com os estudantes a realização das atividades remotas estão entre os fatores que devem ser considerados nas tomadas de decisões.

Confira a nota publicada pelo Comitê de Educação do Campo clicando no link:https://bit.ly/34gK8C0

Imagem: Site Nova Escola

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