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Lideranças da Fetape e Contag participam de Marcha na Paraíba
Mulheres do campo e da cidade participaram hoje, dia 12, da 11a Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia no município de Esperança, na região do Brejo paraibano. A Fetape através da diretora de Política para Mulheres, Adriana do Nascimento, e a Contag, através da Secretária Nacional de Mulheres, Mazé Morais, estiveram junto a milhares de mulheres que marcharam pelas ruas da cidade denunciando o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres.
O grande ato contou com a Feira Agroecológica das Margaridas, onde foram comercializados alimentos frescos, beneficiados e artesanatos de vários municípios da região. Na abertura houve falas das representações políticas do Polo Sindical da Borborema, composto por 13 municípios e da ONG AS-PTA, da Contag e da ASA Brasil.
"É uma grande satisfação receber todas essas mulheres e mostrar que a construção da agroecologia se dá de mãos dadas", disse a agricultora Marizilda, do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Esperança.
A marcha mostrou com muita força e criatividade que Sem feminismo não há agroecologia e que se tem violência contra a mulher a gente deve meter a colher.
"Quem vem para essa marcha uma vez, não consegue deixar de vir. É muita energia! Isso é essencial, pois na conjuntura desafiadora que vivemos, precisamos estar cada vez mais juntas para dizer que não iremos nos calar diante desse machismo, desse fascismo, desse desgoverno que está aí contra a vida de nós mulheres", disse Mazé Morais.
"Estamos aqui reafirmando o nosso compromisso com a luta contra todas as formas de violência que sofrem as mulheres do campo, seja ela física, sexual, patrimonial ou qualquer outra forma", afirmou Graciete, que compõe o GT de Mulheres da ASA.
As presentes entoaram gritos, cantaram ao som da cirandeira pernambucana, Lia de Itamaracá, e assistiram a uma encenação que retratou a violência doméstica sofrida pelas mulheres no campo. A peça foi encenada pelo Grupo de Teatro da Borborema e após um relato emocionante de uma mulher camponesa que conseguiu se libertar da situação de violência com esse movimento, as mulheres seguiram em Marcha pelas ruas da cidade de Esperança com intervenções artísticas. Durante o ato relembraram várias mulheres que tombaram na luta e foram vítimas de femicídio, com uma intervenção especial contra a impunidade do assassinato de Marielle, que no próximo dia 14 completa 2 anos do crime sem resolução.
O ato retornou ao local de concentração, onde aconteceu apresentação de um grupo de dança infantil. O ato encerrou embalado pela ciranda da Grande Negra Lia.