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Trabalhadoras rurais promovem atos no mês de março para denunciar a violência e a retirada de direitos pelo Estado

Em diversos municípios do estado, as trabalhadoras rurais irão às ruas por ocasião do Dia Internacional de Luta das Mulheres (8 de março) para denunciar o aumento da violência, o machismo e a retirada de direitos pelo atual governo. Dezenas de atividades serão realizadas nos sindicatos de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares no decorrer do mês. As ações municipais terão como lema “Mulheres rurais na luta por autonomia e participação política” que chama atenção para a pouca representatividade das mulheres nos espaços de poder, embora sejam maioria da população.

O movimento sindical rural também participará de atos unificados. Em Garanhuns, no Agreste, a mobilização será no dia 07 com o tema: “Parem de nos matar: mulheres contra a retirada de direitos e todas as formas de violências”. No sertão, estão previstos atos unificados em Ouricuri, no dia 07, e em São José do Belmonte, no dia 09. Em Triunfo, será realizado o lançamento do vídeo “Margaridas de Pernambuco em Marcha” no dia 13 de março, no teatro Guarany.  Em Passira, no agreste, as mulheres também farão ato contra a violência do estado no dia 13 com concentração no sindicato dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de Passira. 

“Olhando para o campo, o que tem mais afetado as mulheres é a retirada das políticas da valorização do salário mínimo, o corte nas políticas especificas de acesso ao crédito, de comercialização da produção como o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar], a habitação rural que não se tem mais e que afeta diretamente as mulheres porque querendo ou não quem tá mais presente no lar são as mulheres”, analisa a diretora de mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento.

No Recife, a Fetape é uma das entidades que está na construção dos atos que ocorrerão em duas datas: 08 e 09 de março com o lema “Feministas contra a violência do Estado racista, patriarcal e capitalista”.

“O campo é sempre um lugar de exploração pelo capitalismo. Essa questão gera violências que afetam as mulheres, e que beneficia a manutenção do patriarcado que ainda é muito forte no meio rural. No campo, ainda é muito arraigado a cultura de que o homem é o chefão e a mulher tem que ser a dona de casa”, analisa Adriana.

No domingo (08), as atividades descentralizadas ocorrerão nos bairros de Brasília Teimosa, Morro da Conceição, Ibura e Nova Descoberta. Já na segunda-feira (9), a concentração será às 13h no Parque 13 de maio. A programação terá rodas de conversa e caminhada até a Pátio da Igreja do Carmo com a batucada feminista. A Fetape está mobilizando 50 trabalhadoras rurais do Agreste e da Mata para o ato no Recife. Para ter acesso a  mais informações é só seguir o perfil do  instagram: @8mrecife .








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