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“Unidade do campo e da cidade para lutar pelos direitos previdenciários”

A crise no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) instalada no governo Bolsonaro tem impactado a vida de milhares de pessoas que estão na fila de espera para a concessão de benefícios. Quase duas milhões de pessoas aguardam análise de seus pedidos de auxílio-doença e aposentadorias. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais também têm sofrido com essa crise. Para falar sobre esse assunto, a Assessoria de Comunicação da Fetape conversou com o vice-presidente da Federação, que coordena as políticas sociais, Adelson Freitas. Confira a entrevista:

Assessoria de Comunicação: Como os rurais têm sido impactados com a crise no INSS?

Adelson Freitas: A crise no INSS cresce a cada dia que passa. Seja pela alegada falta de servidores capacitados para análise dos requerimentos de benefícios represados, seja pela ineficácia do sistema operacional do INSS Digital agravados pelas políticas restritivas de direitos adotados pelo governo atual. Causando assim uma monstruosa fila de requerimentos de benefícios que já ultrapassa mais de 180 dias para as análises, impactando diretamente na vida de todos os trabalhadores e as trabalhadoras, em especial, os rurais, que além de sofrerem com a ausência de políticas públicas voltadas para a sobrevivência no campo, são penalizados com a demora na concessão dos benefícios.

Assessoria de Comunicação: O que a Fetape e os Sindicatos têm feito para superar esse cenário?

Adelson Freitas: A Fetape implementou o Acordo de Cooperação Técnica INSS/CONTAG que conta com 128 sindicatos que se encontram aptos para operacionalizar o sistema do INSS Digital. É a maior adesão entre as Federações/CONTAG. Isso tem minimizado as dificuldades dos trabalhadores e trabalhadoras rurais nos requerimentos de benefícios junto ao INSS.
Outra iniciativa que temos feito é denunciar esse descaso do governo em relação a previdência com o apoio do deputado estadual Doriel Barros, do deputado federal Carlos Veras, e do senador Humberto Costa, na Assembleia legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, respectivamente.

Além disso, a Fetape vem cobrando frequentemente junto a Superintendência Regional e as Gerências Executivas do INSS providências no sentido de uniformizar os procedimentos na legislação previdenciária, agilidade nas análises e na concessão dos benefícios represados.

Assessoria de Comunicação: Quais as expectativas/cenários sobre a previdência para os próximos 3 anos?

Adelson Freitas: A lentidão na análise dos requerimentos de benefícios previdenciários e o aumento do indeferimento indevido nos processos rurais vem causando um grande aumento de ações judiciais na esfera da Justiça Federal com o objetivo de se fazer reconhecer o direito previdenciário dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.

Esse descaso do governo federal com a previdência social requer cada vez mais uma unidade de todos os movimentos sociais e sindicais, tanto urbanos quanto rurais, na luta pelo direito ao reconhecimento dos benefícios previdenciários.

 

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