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Política Estadual de Agroecologia: Fetape, organizações, governo e universidades discutem propostas em Seminário

Pensar propostas para a elaboração do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica de Pernambuco. Com esse objetivo o Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta) reuniu na tarde quinta-feira (07), organizações do movimento social e sindical, universidade, governo estadual e parlamentares durante a conclusão do Seminário de Agroecologia e Políticas Públicas (Semea) na sede da organização, em Glória do Goitá.

A Fetape, através da presidenta Cícera Nunes, esteve presente a conclusão das atividades do encontro. Em um espaço ao ar livre, próximo aos Sistemas Agroflorestais construídos por educandos e educandas e educadores/as do curso técnico de agroecologia, o bate-papo sobre o tema da agroecologia apontou rumos para a efetivação do Plano Estadual.
A agroecologia vem sendo uma das linhas de ação da Fetape, sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Pernambuco e Contag. A participação na 6ª Marcha das Margaridas, na Conferência do Clima, a realização do Seminário Integrado de Agroecologia e a implementação da feira agroecológica no estacionamento da Federação, no Centro do Recife, são iniciativas de compromisso com o incentivo e a execução de políticas sociais que promovam a saúde da população do campo e da cidade, além da comercialização da produção da agricultura familiar.

Cícera enfatizou a importância de estar em parceria com o Serta, o deputado estadual Doriel Barros, que preside a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a Secretaria da Mulher do Governo de Pernambuco, nesta frente de construção da primeira Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Documento que será um grande passo na consolidação de um projeto de base agroecológica para a agricultura familiar de Pernambuco.

“Precisamos fazer uma reflexão sobre o dia de hoje, e lembrar que tudo que fazemos em nossas vidas é um ato político. Comer também é um ato político. E nós, agricultores e agricultoras familiares, não somos pequenos. Somos responsáveis por 70% da alimentação que chega nas mesas do povo brasileiro. Por isso, quem se torna grande somos nós. E nós incomodamos a esse governo porque produzimos a alimentação, geramos a economia solidária. Este Plano precisa ter tudo isso”, avaliou a presidenta da Fetape, Cícera Nunes.

A Escola de Agroecologia do Serta é uma referência em educação do campo para o Estado e também para o país. Desde 1989, ano de sua fundação, atua na formação de jovens para a promoção do desenvolvimento sustentável no campo. “Para fazer a revolução não precisa de dinheiro, precisa de política e força de vontade. E nós temos um corpo para contribuir com essa política”, afirmou a presidenta do Serta, Alexandra Maria da Silva.

O professor do curso técnico em Agroecologia, Abdalaziz de Moura Xavier, destacou o privilégio de o Estado ter uma política de agroecologia, sendo esta uma nova ciência e pouco conhecida pela sociedade. “Esse momento é histórico. É a convicção de que temos que partir para uma nova visão de mundo. Ter essas lideranças aqui, hoje, é um privilégio”.


Visita – Na oportunidade, a presidenta da Fetape e o deputado estadual Doriel Barros (PT) visitaram as instalações do Campo da Sementeira, em Glória do Goitá, onde puderam conhecer a propriedade modelo chamada de Unidade Pedagógica Permacultural de Observação (UPPO) formada de tecnologias de manejo do solo, água, plantas e animais. “Nosso mandato luta pela vida, por uma Constituição cidadã, enquanto Bolsonaro vem perseguindo agricultores. Nós saímos da invisibilidade durante os governos de Lula e Dilma. E agora precisamos lutar pelos espaços de diálogo”, afirmou o parlamentar.

 

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