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Audiência pública debate Refúgio de Vida Silvestre no Sertão

09/09/2019

Uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Lagoa Grande, no Sertão do São Francisco, discutiu ontem (6), a situação do Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola (RVS), uma das maiores áreas de preservação da Caatinga que ocupa os municípios de Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista. A audiência foi requerida pelo vereador José Estêvão (Mantena).

De acordo com a Diretoria de Política de Meio Ambiente da Fetape, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola foi instituído numa área onde existem diversos assentamentos e comunidades quilombolas. Por ser considerado RVS não é permitido que os povos locais pratiquem o plantio ou a criação animal. O pedido da sociedade civil é de que ao invés de ser considerado um RVS, a reserva seja uma Área de Proteção Ambiental (APA). Uma vez que dentro da APA é permitido se delimitar a área que está protegida e a que está liberada para o manejo de forma sustentável.

Após a audiência foi encaminhada a criação de uma comissão que irá acompanhar reunião com a Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco, para dialogar sobre as questões relacionadas à reserva. A comissão também irá buscar apoio do deputado estadual Doriel Barros (PT), que preside a Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE).

Participaram da audiência a diretora de Política de Meio Ambiente, Nalva do Espírito Santo, a diretora de Política Agrária, Gilvaneide Santos, além da diretoria do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Lagoa Grande, o presidente do Sindicato da Agricultura Familiar de Petrolina, Maurício Rosa, representantes do CPRH e de associações, vereadores do município.

RVS Tatu-Bola - o Refúgio foi criado no ano de 2014, com o objetivo de proteger o ambiente natural de reprodução e de existência da espécie tatu-bola. A área tem 110 mil hectares.