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Lideranças sindicais participam de formação em assentamento de Rio Formoso

O assentamento Serra D’Água, no município de Rio Formoso, na Mata Sul de Pernambuco, sediará o 3º Módulo do 1º Curso de Formação Política e Sindical para diretores e diretoras de Políticas Agrária, Agrícola e de Meio Ambiente dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STR’s) filiados à Fetape, de quarta a sexta, 12 a 15 de junho. O curso abordará temas como a produção e a comercialização de produtos da agricultura familiar, as políticas públicas ambientais do estado de Pernambuco e questões relativas à Reforma Agrária.

Na manhã de quinta-feira (13), a programação terá visita a produção agroecológica do assentamento. A ideia é fazer com que os/as participantes possam dialogar com as famílias sobre o papel de jovens, mulheres e idosos/as na organização da produção e na comercialização dos alimentos. Durante a tarde haverá uma roda de diálogo sobre os desafios da política de Reforma Agrária do governo federal com a presença do secretário de Política Agrária da Contag, Elias D’Angelo, a consultora e ex-titular da Subsecretaria de Reordenamento Agrário do governo federal, Raquel Santori, e o diretor da Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios (Carpil), de Alagoas, Luciano Monteiro. E na sexta (14), o tema será as conquistas da agricultura familiar com relação a organização da produção, focando a comercialização, que será conduzido pelo representante da organização não governamental Centro Sabiá, Davi Fantuzi. Neste dia também haverá exposição sobre o processo de produção com uso de sementes agroecológicas. Nesta noite ocorrerá a celebração de encerramento do curso, em que mulheres e homens do campo celebrarão sua “transformatura”, uma formatura especial.   
 
A formação tem o objetivo de fortalecer o Movimento Sindical Rural, inspirados nas lutas do campo e destacando as conquistas do movimento ao longo dos anos.  Diante da conjuntura política de retrocessos de direitos e de ameaças à democracia, a formação é um espaço para fortalecimento das identidades de trabalhadores e trabalhadoras rurais, de assentados e assentadas, além de estimular o protagonismo de dirigentes na vida política de seus municípios, comunidades, cooperativas e associações.

Segundo o diretor de Política Agrícola, Adimilson Nunis, a Fetape pensou essa formação garantindo como estratégia a união de diretorias com afinidades para trazer unidade e a construção coletiva dos temas. “Essa estratégia é para que os sindicatos e suas oito diretorias possam começar a também trabalhar em conjunto, para que os temas tenham mais solidez junto aos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A outra estratégia é o tema da agroecologia. Estamos trabalhando nos assentamentos das reformas agrárias, onde as pessoas têm dificuldades no acesso à terra, mas tem experiências exitosas como por exemplo a comercialização de alimentos. Quando agregamos e trabalhamos em áreas que foram construídas por trabalhadores sindicais e, dentro da lógica da agroecologia, fortalecendo o beneficiamento da comercialização de seus produtos, isso traz uma possibilidade de engrandecimento e de contraponto ao agronegócio”, explica o diretor.  

Formação – Os cursos estão sendo realizados em áreas que foram conquistadas por trabalhadores e trabalhadoras rurais. O primeiro módulo do curso aconteceu no assentamento Mandacaru, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O segundo no assentamento Cristo Rei, em Águas Belas, no Agreste. Essa é uma experiência nova que contemplará a formação e garantirá um olhar para a produção agroecológica nos assentamentos.  As famílias dos assentamentos ficarão responsáveis por acolher convidados/as, e acomodar em suas casas.

Para a diretora de Política Agrária, Maria Givaneide dos Santos, a formação traz o debate sobre uma importante bandeira de luta do movimento sindical rural que é a reforma agrária. “Esse curso veio para construirmos espaços de compreensão dos nossos grandes desafios, que aumentam com essa nova conjuntura vivida pela população brasileira, principalmente as do campo que lutam por terra e território”, destacou.  Ainda de acordo com a diretora, as grandes lutas do movimento têm sido por políticas de acesso à terra, seja desapropriação ou crédito fundiário, por titulação de terras, reconhecimento de terras indígenas e quilombolas, pela regularização fundiária de posseiros no estado de Pernambuco, entre tantas outras bandeiras de luta do movimento.

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