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1º de Maio: dia de luta por direitos, pela democracia e por Lula
Nesta terça-feira, 1º de Maio, trabalhadores e trabalhadoras de todo o país estarão nas ruas, reafirmando a disposição de lutar por direitos, em defesa da democracia e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tanto fez pelo campo e pela cidade, e que está preso sem provas. No estado, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (FETAPE) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (FETAEPE) realizaram um processo de articulação dos seus sindicatos filiados para o engajamento nessa luta, e muitos deles já estão realizando ações contra as ameaças à classe.
Ações de panfletagem, anúncios em carros de som nos municípios, aprofundamento do debate sobre a atual conjuntura nas assembleias e em programas de rádio dos sindicatos estão entre as iniciativas propostas pela FETAPE e FETAEPE. Os/as trabalhadores/as rurais também estão sendo estimulados a escreverem cartas em solidariedade ao presidente que tanto fez pelo Brasil.
As federações e seus sindicatos denunciam que, desde que o golpe contra a democracia se instalou no país, em 2016, os direitos trabalhistas conquistados pela força da organização da classe trabalhadora urbana e rural estão sendo retirados ou ameaçados fortemente, em detrimento do lucro das empresas e do agronegócio.
“Essa situação tem se agravado com a prisão do presidente Lula, pois o seu encarceramento é símbolo dessa ofensiva contra as pessoas que sempre foram colocadas às margens de nossa sociedade. O golpe veio para derrubar um governo popular de esquerda, e também os direitos conquistados pelos trabalhadores. Por isso, neste dia, não temos o que comemorar, mas sim denunciar e mostrar a nossa resistência”, afirma Doriel Barros, presidente da FETAPE.
Ele lembra, ainda, que, no governo Lula, milhões de vagas de trabalho foram criadas, e diversas políticas beneficiaram trabalhadores e trabalhadoras do campo, assalariados/as rurais e agricultores/as familiares. “Isso sem contar as políticas que impulsionaram a melhoria de vida da população, como o Bolsa Família, o Programa Água Para Todos, entre muitas outras”.
“Se não formos para as ruas, outros direitos podem ser retirados dos trabalhadores, a exemplo do que querem fazer com a Previdência. Também precisamos reafirmar que estamos lutando por Lula Livre, porque se não tivermos o direito de escolher os nossos representantes nas próximas eleições, a situação da nossa gente poderá ficar ainda pior”, pontua o presidente da FETAEPE, Gilvan José Antunis.
Porém na atual conjuntura, os ataques aos direitos estão crescentes. No ano passado, foi aprovada a Reforma Trabalhista, que já está em vigor, precarizando cada vez mais as relações trabalhistas. Ela modificou mais de 100 artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). A Previdência Social também está sendo ameaçada, e caso também tenha seus critérios alterados, haverá um impacto direto na vida dos trabalhadores rurais.
A repercussão das últimas investidas contra a classe trabalhadoras já é visível. Dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), do início deste ano, mostram que o número de desempregados/as no país só tem aumentado, atingindo cerca de 12,7 milhões de pessoas, no mês de janeiro. Uma situação que tem agravado os índices de desigualdades.
Por isso, em todo o país, no dia 1º de Maio, os trabalhadores e trabalhadoras também estarão nas ruas para garantia de seus direitos e pelo fim da prisão de Lula, para que ele livre possa ser novamente se candidatar à presidência e retomar o desenvolvimento sustentável do País.
Em Pernambuco, estão marcados para este 1º de Maio:
- Passira – Ato Político do Polo Agreste Setentrional – 8h – na praça Severino Ferreira
- Afogados da Ingazeira – Ato Político e Cultural do Polo Sertão do Pajeú, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, juntamente com parceiros – 9h
- Cedro – Ato na Sede do Sindicato de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais – 9h30
- Jatobá - Ato Político do Polo Submédio São Francisco, na Comunidade Bem-querer de Baixo, em às 9h, concentração em frente à Igreja da Comunidade