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Trabalhadores Rurais fecham rodovias de Pernambuco para denunciar a retirada de direitos

Mais de 6 mil agricultores e agricultoras familiares, assalariados e assalariadas rurais, sem terra e assentados/as da reforma agrária participaram das mobilizações, na manhã desta quarta-feira (18), que fecharam rodovias de Pernambuco. As ações, que integraram o “Dia D” de Atos Nacionais Unificados contra o desmonte no campo com os cortes previstos no Orçamento de 2018 do Governo Federal, foram realizadas pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (Fetaepe), seus Sindicatos filiados e a Contag, numa articulação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT/PE) , entre outras organizações parceiras no estado.

“Avaliamos as mobilizações de forma muito positiva, pois chegamos a ter mais bloqueios do que imaginávamos. Conseguimos paralisar as rodovias por um bom tempo, chamando a atenção para as nossas denúncias. Foi um momento muito importante porque envolveu muita força e compromisso da Fetape e Fetaepe em parceria com o MST, a CUT e os sindicatos. Com certeza, vamos ter outros momentos, caso permaneçam os cortes. Pernambuco está pronto para quantas mobilizações forem necessárias, objetivando que não sejam retirados mais direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente da Fetape, 
Doriel Barros.

As mobilizações conseguiram envolver os diferentes sujeitos do campo: homens, mulheres, jovens, terceira idade. Durante quase toda a manhã, estiveram trancadas as BRs 101, em Goiana, na Mata Norte, e em Escada, na Mata Sul; a 232, em Caruaru, no Agreste, e em Serra Talhada, no Sertão; a 316, entre Ouricuri e Trindade, no Sertão do Araripe; e no Trevo do Ibó, em Cabrobó, no Submédio São Francisco.

“Além de denunciar os cortes financeiros relacionados às políticas voltadas para o campo, denunciamos os impactos da Reforma Trabalhista e da Lei da Terceirização, impostas pelo Governo Federal e o Congresso, na vida e nas condições de trabalho da população brasileira, especialmente dos assalariados e das assalariadas rurais”, destaca o presidente da Fetaepe, Gilvan José Antunis.

As mobilizações também chamaram a atenção para questões específicas de algumas regiões. No Sertão do Submédio São Francisco, por exemplo, o ato reforçou a necessidade de o Governo Federal reabrir a mesa de diálogo sobre os reassentamentos de Itaparica.

“As manifestações de hoje, em todo o Brasil, e mais especificamente em Pernambuco, mostram a força dos trabalhadores, quando estão unificados, demonstrando, efetivamente, que temos capacidade e que estamos contra o governo golpista e todo o conjunto do golpe contra a classe trabalhadora. Elas marcam também a continuidade da construção da unidade do campo no Brasil e em Pernambuco. Portanto, que se cuide o latifúndio, porque, quando os trabalhadores estão unificados, é certo que vamos avançar contra o governo golpista”, Jaime Amorim, da coordenação do MST em Pernambuco.

Clique no link abaixo e confira algumas fotos das mobilizações:

https://www.flickr.com/phot…/fetape/albums/72157688051074604

 
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