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Notícias
Agricultores familiares dizem NÃO à criação de federação de fachada
Em Assembleia, na manhã de hoje, em São Joaquim do Monte, agricultores e agricultoras familiares decidiram, por unanimidade, dizer Não à fundação da Federação Democrática dos Agricultores e Agricultoras e Empreendedores Rurais de Pernambuco (Fedafer). Esse posicionamento mostrou a força da história de 55 anos do Movimento Sindical Rural, por meio da Fetape e dos seus Sindicatos, junto à categoria.
Além de dezenas de Trabalhadores e Trabalhadoras, participaram da Assembleia a direção da Fetape, a CUT e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Vitória, São Bento, Riacho das Almas, Jurema, São Joaquim do Monte, Caruaru, Gravatá, Bezerros, Tacaimbó, São Caetano, Sairé, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Toritama, Agrestina, Panelas, Altinho, Brejo dá Madre Deus, Pesqueira, Jatauba, Camocim de São Félix e São Bento do Una
Os homens e mulheres presentes, que foram impedidos de entrar no local de realização Assembleia, espaço esse que não respondia aos requisitos do edital divulgado pela Fedafer, assumiram o compromisso de, na rua mesmo, fazer valer o seu direito de decidir a instituição que deve representá-los e, por essa razão, votaram contra a fundação dessa Federação.
“Nenhuma Federação ou Sindicato pode chegar de qualquer jeito, e sem nenhuma representatividade, e desrespeitar a história do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na defesa dos direitos dos homens e mulheres do campo. Por isso, foi fundamental a presença dos nossos Sindicatos, da Diretoria da Fetape, da CUT e dos nossos setores Jurídico e Sindical para o êxito dessa iniciativa. Essa vitória é da agricultura familiar”, afirma o presidente da Fetape, Doriel Barros.
O diretor de Organização e Formação Sindical da Fetape, Adelson Freitas, um dos articuladores dessa ação de resistência e luta, afirmou que: “Além de ter impedido um processo que não é legítimo, pois a categoria já é representada pela Fetape, com reconhecimento no Ministério do Trabalho, aproveitamos a oportunidade para divulgar também, junto aos agricultores e à sociedade, a chegada de entidades que querem enganar os homens e mulheres do campo com promessas. Foi um momento fundamental, ainda, para mostrarmos a importância do nosso processo de organização interna”, destacou.
