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12º Congresso da Contag:Grupos aprofundam realidade do campo, com seus desafios e possibilidades

FOTO: Ana Célia Floriano
 
Discutir amplamente os cenários do desenvolvimento rural brasileiro e a organização da estrutura sindical foi a grande responsabilidade dos delegados e delegadas sindicais do 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (12º CNTTR) , na tarde de hoje (14). A delegação de Pernambuco participou ativamente de todos os debates. Os pontos trabalhados nos dez grupos são sentidos “na pele” pelos estados, a exemplo da concentração de terra e outros bens naturais pelo capital; a falta de oportunidades no campo, que afeta especialmente as mulheres e os jovens; e o êxodo rural.
 
Como contraponto, foram tratados os grandes elementos do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS) do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), que coloca os sujeitos como grandes protagonistas do desenvolvimento do campo, mostrando a necessidade de respeito a sua diversidade, saberes, experiências e reconhecendo suas organizações próprias.
 
 
Pela primeira vez em um Congresso da CONTAG e com apenas um ano de caminhada no Movimento Sindical Rural, a jovem delegada pernambucana Eliana Marinho Ferreira estava entusiasmada com a possibilidade de discutir os vários temas. “Essa é uma experiência que me permitirá ter mais informações sobre as questões relacionadas ao MSTTR. É um momento único e muito rico. O que for discutido aqui, vou levar para minha base”, avalia.
 
Diante da atual conjuntura política, foi destacada a importância da reafirmação do PADRSS, por meio de práticas permanentes da ação sindical; e de iniciativas que promovam a articulação de parcerias e alianças políticas com diversas instâncias e organizações da sociedade civil da cidade e do campo.  Os desafios para a consolidação do Projeto também estiveram em pauta.
 
Nesse contexto, os grupos de trabalho constataram, mais uma vez, que as políticas públicas reivindicadas e conquistadas pelo MSTTR possibilitaram transformações profundas na melhoria de qualidade de vida dos povos do campo, das florestas e das águas.
 
“Acho muito importante discutirmos esses temas, porque conseguimos entender a realidade da nossa base. Tudo isso fortalece o Movimento, já que, quando a gente atende as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras, fazemos um trabalho ainda melhor”, pontuou o delegado João Ferreira.
 
Formação
 
O debate reforçou, ainda, a importância de o Movimento ter realizado, em sua história, uma formação na perspectiva do fortalecimento da luta, da construção da identidade de classe e da valorização dos sujeitos do campo como protagonistas de sua própria história. Um longo caminho, sempre aprofundado nos Congressos, que resultou na construção da Política Nacional de Formação (PNF), que assume a educação popular como sua grande base. O valor da PNF para a gestão e organicidade do MSTTR também foi destacado.

Organização Sindical
 
A força da representatividade do MSTTR foi elemento importante das discussões. Com a definição de representação específica dos agricultores e agricultoras familiares, foi levantado que um dos grandes desafios é a construção de consenso sobre a identidade da “agricultura familiar” que o Sistema Confederativo da CONTAG irá representar, diante de um público tão diverso. Uma coisa ficou clara: a capacidade de responder aos desafios dessa categoria dependerá de uma unidade interna do Movimento, que depende de uma organicidade, cada vez maior, das entidades que o compõem. 

Sustentabilidade
 
Os delegados e delegadas mostraram consciência de que a sustentabilidade político-financeira  requer planejamento estratégico e gestão participativa, democrática e de corresponsabilização entre as direções e a base sindical. Nesse sentido, o Plano Sustentar foi reafirmado como estratégia importante de fortalecimento desse processo.
 
Também foi reforçado que para fortalecer a organização e a estrutura sindical e a sustentabilidade político-financeira do MSTTR é necessário que as organizações do Sistema cumpram as deliberações Congressuais, fortalecendo, assim, a unidade política das ações.

Os sujeitos do MSTTR
 
 
O fato de os sujeitos do campo estarem no Centro do Projeto Político de Desenvolvimento defendido pelo MSTTR faz com que homens, mulheres, jovens, pessoas da terceira idade e idosas, de diferentes raças e etnias, devam protagonizar a construção cotidiana do desenvolvimento rural sustentável e solidário. Para isso, é preciso garantir plena participação de todos e todas nos espaços formativos e nas instâncias deliberativas.
 
Por isso, a luta pela construção da igualdade entre mulheres e homens no MSTTR, a força da participação da juventude e das pessoas da terceira idade e idosas no Movimento foram questões bastante aprofundadas nos grupos.
 
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação do 12º CNTTR - Ana Célia Floriano
 
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