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Campanha Salarial: Empresários da Hortifruticultura propõem retirada de direitos dos/as trabalhadores/as e MSTTR suspende negociações
Após seis reuniões, as negociações da 23ª Campanha Salarial 2016/2017 dos/as Trabalhadores/as da Hortifruticultura Irrigada do Vale do São Francisco Pernambuco e Bahia foram paralisadas no último dia 25, porque os patrões sugerem a retirada de um conjunto de direitos conquistados com muita luta pela categoria. Diante dessa grave ameaça, o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) solicitou um tempo para dialogar com sua base, visando informá-la sobre o posicionamento dos empresários. Ainda não foi confirmada a data da próxima rodada de negociação.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão o piso salarial unificado de R$ 987,00, cesta básica e reajuste de 10% para quem recebe salário acima do piso da categoria. Porém, ao invés de buscar tratar de avanços, a classe patronal só tem apresentado propostas que colocam em risco direitos assegurados pela Lei e pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em anos anteriores. Entre os pontos apresentados pelos empresários estão: o fim do direito do pagamento das horas in itinere (horas do percurso de casa para o trabalho e vice-versa); fim da remuneração de hora extra (sugerem a criação de banco de horas); fim dos 45 dias de estabilidade após a data base da CCT; e pagamento do transporte pelo trabalhador.
“Somos contra a retirada de direitos. Repudiamos qualquer proposta dos patrões nesse sentido. Esperamos que eles, na próxima rodada, estejam dispostos a discutir, de forma transparente, avanços, e não retrocessos, para as cláusulas sociais e econômicas da Convenção”, avisa o diretor presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco – Fetaepe, Gilvan José Antunis, que é também diretor de Política Salarial da Fetape.