CUT convoca trabalhadores e trabalhadoras para o 22º Grito dos Excluídos
A direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras, da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, para participarem do 22º Grito dos Excluídos, realizado nesta quarta-feira (7), feriado da Independência. A concentração está marcada para às 9h, na praça da Democracia/Derby. Os/as manifestantes seguirão em caminhada pela Av. Conde da Boa Vista até chegar à praça do Carmo/Centro do Recife.
O lema deste ano do Grito dos Excluídos está baseado na fala do Papa Francisco, quando esteve em um encontro com movimentos sociais na Bolívia, no ano passado: “Este sistema é insuportável: exclui, degrada, mata”. A frase trata dos problemas sociais e ambientais do modelo capitalista de produção.
A 22ª edição do Grito dos Excluídos, que vai ocorrer quarta-feira (7) em várias cidades brasileiras, pretende convocar a população para resistir à retirada de direitos sociais que se anunciam com a derrubada da presidenta Dilma Rousseff, por decisão do Senado na última quinta-feira (31).
O Grito dos Excluídos vem mudando o significado do dia 07 de setembro. Este é o dia do povo nas ruas, praças e campos, expressando seus desejos, anseios e utopias. Denunciando as mazelas e anunciando valores da solidariedade e justiça. Cada vez mais o Grito é reconhecido e compreendido nos vários setores sociais e, principalmente, vivido e construído pelos próprios excluídos.
Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, a força do movimento é permanecer fiel à inspiração inicial, isto é, ouvir a voz dos/as excluídos/as e dos/as esquecidos/as, trazer à luz as realidades sofridas do povo, aquelas que a escrita não consegue considerar e transmitir. Carlos Veras justificou que os golpistas ligados à classe política, empresarial, jurídica e os grandes meios de comunicação estão decididos a retirar os direitos dos/as trabalhadores/as, como já foi alertado desde o início deste ano. A classe trabalhadora será duramente penalizada com as medidas que visam destruir a Previdência Social, desmontar o SUS, rasgar as Leis Trabalhistas, privatizar os bancos públicos, universidades, Petrobrás, entre outras.
“Defendemos ampliação de direitos, jamais a retirada. E tudo faremos para impedir que essas propostas sejam aprovadas no Congresso Nacional. Só a pressão popular e a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras vão impedir que os direitos sejam varridos do mapa brasileiro. A CUT, a maior e mais combativa Central Sindical do Brasil, coloca-se na linha de frente para fazer essa luta”, afirma Veras.