Movimento Sindical Rural e INSS mantêm Calendário de Atividades, apesar do cenário ameaçador do governo federal
Mesmo com o clima de incertezas que ronda as medidas do presidente em exercício Michel Temer, no que diz respeito à reforma da Previdência, o Movimento Sindical Rural e o INSS irão manter a agenda conjunta de atividades para este ano. Entre as atividades estão Encontros de Avaliação das Ações das Agências da Previdência Social, marcados para esta semana. O primeiro envolverá as Agências ligadas à Gerência Executiva (Gex) de Petrolina, que acontecerá nesta terça-feira (26), no município de Salgueiro, localizado no Sertão Central.
Em seguida, os encontros ocorrerão nos auditórios das GExs de Garanhuns, na quarta-feira (27); e de Caruaru, no dia 28. Já o da Gerência Recife, está marcado para o dia 29, no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina.
Essa ação integra o Calendário Anual de Atividades construído numa parceria entre o Movimento Sindical Rural (MSTTR) e o INSS. O objetivo é que as lideranças sindicais possam fazer um balanço sobre o desempenho de cada Gerência, para corrigir possíveis erros, buscando melhorar o atendimento, por parte dos/as servidores, junto aos trabalhadores e às trabalhadoras rurais.
A Fetape avalia que a conjuntura atual é bem diferente de quando foi realizado último encontro de avaliação, há dez meses. “Naquele período, existia um governo consolidado, legitimamente eleito pelo voto e, com ele, havia um Ministério específico para tratar da política da Previdência Social. Hoje, estamos numa situação bem adversa. Ainda há pouco, houve a exoneração do superintendente do Nordeste. Temos um interino que não tem força política para tratar das diversas demandas relacionadas à Previdência. O clima é de total instabilidade”, critica o vice-presidente e coordenador do Setor de Políticas Sociais, Paulo Roberto Rodrigues Santos.
O dirigente acrescenta que, durante os encontros, além de os/as participantes criarem estratégias de como enfrentar as dificuldades do cenário político do país, eles/as terão que tratar os desafios trazidos pelos próprios/as dirigentes sindicais. “Queremos, juntos, buscar caminhos para que os trabalhadores rurais não sejam, mais uma vez, prejudicados diante dessa situação adversa, com tantas políticas públicas ameaçadas, a exemplo, da reforma da previdência, que está em debate e que nós temos nos posicionado contrários a qualquer alteraçãoque venha retirar direitos trabalhistas”, conclui Paulo Roberto.