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Mensagem da Fetape às Mães e Artigo da Diretoria de Mulheres




SER MÃE E SINDICALISTA

A maternidade é um desafio para as mulheres, sobretudo, para as sindicalistas. Muitas de nós conciliamos o trabalho do lar, da roça, do cuidar dos filhos com o Sindicato e com várias outras participações em espaços de decisão política nos quais estamos inseridas. São muitas, muitas coisas.

Tudo isso sem falar no preconceito que sofrem algumas companheiras, por uma parte da sociedade, que acha que porque engravidamos somos um fardo para nossas instituições. Acha que o fato de engravidarmos será um limitador para estarmos no Movimento ou em outros espaços da vida pública; ou que pelo fato de estarmos grávidas, devemos ser tratadas de maneira diferente das demais companheiras, quando bem sabemos que gravidez não é uma doença, tampouco um empecilho para que as mulheres continuem mostrando e exercendo seu protagonismo.

É um desafio ser mãe e sindicalista Não é fácil unir essas duas grandes responsabilidades, pois requer de nós muita habilidade, em lidar com os enjoos, emoções, medos e, ainda assim, continuarmos ocupando espaços para conquistarmos direitos para nós e para os demais que representamos. Mas, desafiador mesmo é precisar, em muitos casos, separar-nos  de nossa criança, ainda tão pequena e dependente, para voltarmos às atividades, após o curto período da licença maternidade, que dura apenas seis meses. Sem falar que muitas companheiras ainda não gozam desse direito ou têm esse tempo reduzido. Muitos não levam em consideração esse período tão importante da vida da criança e da mãe

Quantas vezes vamos dormir com o coração apertado pela saudade e não conseguimos voltar para casa, no mesmo dia, ou nem mesmo conseguimos nos comunicar para ouvirmos aquela voz dizendo: “Te amo, mamãe. Estou bem e com saudade”. E, à noite, depois de um longo dia de trabalho, acabamos adormecendo sentadas no banco, na cadeira de balanço ou na rede, só para sentirmos a satisfação de termos, em nossos braços, e podermos embalar, esse presente que foi tão esperado.

Ser mãe e sindicalista é isso: dividir-se em mil, transformar dificuldades em oportunidades e, principalmente, não esquecermos que somos mulheres, mães, esposas e trabalhadoras. Tudo isso, sem esquecermos de nós mesmas, e que a vida não para. Não é porque uma mulher se torna mãe, que deve ser descartada, ter os sonhos e desejos podados.

É preciso colocar, ainda, que não precisamos carregar por nove meses uma criança no ventre para nos  tornarmos mãe. Não podemos esquecer que a decisão de ter filhos ou não é um direito da mulher e que essa escolha deve partir da mesma. De maneira nenhuma, essa decisão deve ser recriminada ou motivo de exclusão da mulher dos espaços de decisão política, pois estar nesses locais foi uma  conquista nossa, com muita luta, e a partir da nossa capacidade .

Por isso, são inúmeras as razões pelas quais devemos respeitar, valorizar e amar as múltiplas formas de ser mulher e o exercício da maternidade . Homenageamos à você, mãe sindicalista , mãe educadora ou simplesmente Mãe.

Maria Jenusi Marques - Diretora de Política para as Mulheres da Fetape

 

    
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