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NOTA DA FETAPE - Que o dia seguinte seja de vigília, de força e de luta!

Não acabou! A luta de um povo que trabalha e que produz desenvolvimento não finda com a tirania do Congresso Nacional, mas, muito pelo contrário, sai ainda mais fortalecida, porque não percebe legitimidade em decisões que não sejam respaldadas pelas urnas. Nós, que somos trabalhadores e trabalhadoras rurais, trazemos em nosso corpo e em nossa memória as marcas históricas da opressão dos grandes latifundiários, da classe patronal, de governos de direita.Porém, essas marcas, embora sejam dolorosas, também nos servem como fonte de resistência, de busca incansável pela liberdade. É por isso que, hoje, podemos dizer, de forma segura, destemida e com os “pés firmes” em nossos ideais: a nossa luta pela democracia é incansável, ininterrupta.

 

Dezessete de abril de 2016 ficará lembrado em nossa história como a data de mais um golpe contra a democracia. Um momento em que deputados federais esqueceram seu compromisso com a Nação para servirem tão-somente aos seus interesses pessoais, familiares e partidários, mas se utilizando da fala demagógica de que estavam representando “os interesses da sociedade”. Não, eles não nos representam.

 

 O coro foi ensurdecedor: “homenageio a minha família, minha mãe, minha esposa, meus filhos, a memória do meu pai....” Como podem representantes do povo fazerem de um momento tão importante para a vida do Brasil, um verdadeiro espetáculo midiático. São essas pessoas que estão preocupadas com a crise, com o fechamento de empresas, com o desemprego?

 

Com a responsabilidade que assumimos, há mais de 50 anos, de representar homens e mulheres do campo, reafirmamos o nosso compromisso de propagar, em todos os cantos de Pernambuco, os nomes dos traidores da nossa Nação, do nosso estado. De nós, eles não receberão nenhum voto, nenhum apoio. Os nossos dirigentes sindicais são convocados a liderarem essa grande caminhada, com passos largos, firmes, pois nunca foi fácil para nós alcançarmos vitórias. Essas sempre vieram a base de muito suor e lágrimas. E hoje não será diferente.  

 

O dia de hoje (18/04) “despertou” mais cedo do que nunca, mais vermelho do que nunca. Isso porque o vermelho é o sinal da luta, da resistência, e por isso integra a bandeira de vários movimentos sociais.  Esse vermelho precisou compor a nossa história, porque a elite conservadora nunca deixou que o campo, os pobres, as mulheres, os negros e tantos outros grupos tivessem os mesmos direitos que ela nesse imenso verde e amarelo que é o nosso país.

 

Somente nos últimos 13 anos, começamos a ser respeitados, fomos incluídos “no mapa de importância para o nosso País”. Por isso, estaremos em constante mobilização para não deixar que os trabalhadores e trabalhadoras rurais paguem por esse golpe. A nossa vigília será permanente. Sabemos que a próxima etapa será dura, mas acreditamos que há políticos no Senado honestos, justos e que respeitam a soberania do povo.

 

Diretoria da Fetape

 

 

 

 
 
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