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Notícias
Carta de apoio da Fetape à Contag e a Aristides Santos
A Fetape vem a público manifestar a sua solidariedade e apoio à Contag e ao companheiro e secretário da Confederação, Aristides Santos, no que diz respeito a sua fala política, em nome da instituição, durante a solenidade de assinatura de decretos para fins da reforma agrária, no dia 1º de abril, no Palácio do Planalto. Uma fala que representa a disposição do Movimento Sindical Rural em lutar pela democracia e em defesa de conquistas históricas para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, mas não por meio da violência, como desejaram enfatizar os meios de comunicação, mas pela disputa democrática de projeto de sociedade, como já fazemos há mais de 50 anos.
É inaceitável que a imprensa e setores conservadores do nosso país tenham feito uma interpretação totalmente sensacionalista do discurso, o que gerou ataques e ameaças, pelas redes sociais, ao companheiro Aristides e à sua família, em uma ação covarde e de total desrespeito à divergência de opiniões e posicionamentos políticos. Esse é o comportamento de quem não sabe fazer uma disputa política por meio das urnas e, por isso, se utiliza de estratégias de manipulação e de violência para conquistar o poder, para fazer acontecer mais um golpe em nosso país.
Esperamos que as instâncias responsáveis pelo estabelecimento da democracia no Brasil não permitam que esse movimento de ódio se multiplique e assuma proporções incontroláveis. Não podemos deixar que o nosso direito à expressão e o nosso direito de ir e vir sejam violados, e que essas violações sejam tratadas com naturalidade. Afinal, os rostos e nomes dos agressores estão totalmente disponíveis nos espaços das redes sociais, mostrando a ousadia e o desrespeito aos direitos humanos e constitucionais.
Durante a trajetória do Movimento Sindical Rural, suas “batalhas” ocorreram sempre usando como “armas” a palavra, as mobilizações de rua, as grandes greves, a ocupação de terras improdutivas, e isso vai continuar. Embora digam que os tempos são outros, só nós sabemos que, durante muitos governos de nossa história, a realidade sempre foi a mesma: pouco respeito a quem vive e produz no campo. Então, não vamos dar um passo sequer atrás nas conquistas que tivemos durante os últimos 13 anos. Este não pode ser o país do ódio. Este deve ser o Brasil de todos e todas.
A DIREÇÃO