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Reforma Agrária e Crédito Fundiário em pauta

 


A Contag vem realizando uma série de encontros nos estados  com a intenção de traçar um panorama sobre o processo de reforma agrária  em cada região. Em Pernambuco, a atividade, que faz parte de um convênio entre a Confederação e a Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA), acontece em parceria com a Diretoria de Política Agrária da Fetape, hoje e amanhã, no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina.

Refletir sobre os desafios para a implementação de uma reforma agrária ampla e massiva – como a apontada no Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), além de estabelecer estratégias para o fortalecimento do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), e levantar as ações que serão construídas em 2016, estão entre os objetivos da atividade.

Com realização desses encontros, a Contag afirma que terá, em mãos, um diagnóstico mais fiel, porque identificou as necessidades a partir da base. “Com os encontros, nós teremos um nivelamento da realidade da reforma agrária no país e o diagnóstico irá mostrar isso de uma maneira real, por quem vive nos assentamentos e quem lida diretamente com essas políticas nos estados”, defende o secretário de Política Agrária da Contag, Zenildo Pereira Xavier.

Zenildo adianta que a Contag pretende entregar essas informações a representantes do Governo Federal e, assim, abrir um diálogo. ”Queremos avançar na política de crédito fundiário, mas, antes, queremos avançar na reforma agrária, porque é um sonho histórico,  a nossa demanda é de 120 mil famílias".

 

 

Reforma agrária de fato.

O assentado da reforma agrária Severino Pinheiro da Silva, 60 anos,  mora no Assentamento Agápito Santos, município de Vitória de Santo Antão, localizado no Polo Sindical da Zona da Mata Norte, com mais 60 famílias. Ele planta macaxeira e diz que o maior sonho  é ter uma casa de alvenaria, pois a maioria das casas da propriedade é de madeira.

 Araci de Miranda Almeida mora no assentamento Associação Comunitária da Fazenda Basílio, em São Bento do Una, Polo Sindical do Agreste Meridional. A seca que castiga a região do Semiárido não tem dado trégua. Os/as assentados/as têm sofrido com a falta de água para geração de renda e criação dos animais. “Nós estamos comprando água a R$ 30 reais um caminhão com seis mil litros. Por outro lado, os políticos da cidade estão adquirindo água nos municípios vizinhos e distribuindo para a população. Eu acredito que isso já seja a indústria da seca, prevendo já as eleições do ano que vem”, denuncia.

 Já a agricultora familiar e assentada da reforma agrária Maria do Socorro Ferreira Lino, 55 anos,  casada, mãe de sete filhos, mora no Assentamento Mandacaru, no município de Petrolina, Polo Sindical do Vale do São Francisco, onde produz milho, feijão, mandioca, hortaliça e faz artesanatos. Sua maior dificuldade é com relação ao acesso à água para irrigação. “Nós temos a terra, mas não temos a água para produzir. E olhe que, no assentamento, nós temos um pomar e uma horta comunitária orgânica”.

 

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