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Delegação estrangeira é recebida por coordenação da Marcha

Um capítulo à parte na 5ª Marcha das Margaridas é a participação das delegações internacionais cujas representantes participaram de uma conversa no final da manhã de hoje (11) com a secretária de mulheres da Contag, Alessandra Lunas, que fez uma retomada da história desses 15 anos de luta, pincelando cá e lá as dificuldades de 2000 e o crescente que a mobilização alcançou ao longo do tempo.  Trinta e duas mulheres vindas de Chile, Panamá, Equador, Peru, Uruguai, Moçambique, Paraguai, Guatemala, México, El Salvador, Bolívia, Costa Rica, Honduras, Argentina, Venezuela e Colômbia somaram-se às brasileiras e, em seus depoimentos, mostraram-se encantadas com o que estão vendo e loucas para pulverizarem essa experiência em seus países de origem.

A fala de Alessandra não podia ser desprovida da emoção de quem está à frente dessa incrível organização do megaevento que reúne cerca de 70 mil mulheres hoje e amanhã em Brasília. Ela falou da caminhada da marcha como algo que foi construído aos poucos; recordou a primeira marcha, quando o Brasil ainda estava sob um governo neoliberal e a mulheres sequer foram recebidas pelo governo. Na segunda e na terceira marchas, as questões relativas a fome, pobreza e violência contra a mulher mantiveram-se como temas centrais e o cenário político era propício às reivindicações das margaridas. Pela primeira vez na história do Brasil um trabalhador estava na presidência. Lula recebeu as mulheres e comprometeu-se com as mudanças necessárias e novos ventos sopraram para as populações do campo, águas e florestas, em especial para as mulheres. Em 2011, conta Alessandra, desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade foram acrescentados à pauta dos anos anteriores e a vinda da primeira mulher presidente da República no palco montado no Parque da Cidade foi comemorada por cerca de 100 mil mulheres.

Chegando à marcha de 2015, Alessandra a define como uma das mais difíceis, em função do momento histórico e político do país. Mas garantiu que a marcha tem voz e lado nesse processo. E que arena vermelha que é o estádio Mané Garrincha será pintado de lilás para receber a presidente Dilma amanhã. Ela ainda explicou, sempre em portunhol, ao grupo atento de língua espanhola que, em sua maioria, com exceção de uma paraguaia que falava guarani e da moçambicana que comunica-se em português, que a união das milhares de mulheres nesses dois dias não é por acaso e sim resultado do trabalho de base feito em cada comunidade desse imenso Brasil.

Graça Samo –Marcha Mundial de Mulheres – Secretariado Especial/Moçambique: ‘É minha primeira marcha, mas já conhecia por causa da amizade com as brasileiras da MMM. É um momento ímpar para a luta das mulheres. Em Moçambique há pouca expressão do movimento sindical e espero encorajá-los a partir da minha presença aqui”.

 

Nuria Costa – RED Mexicana de Mulheres/ México; “Movimento importante e forte. Participo desde 2003, por conta da parceria com Raimundinha e a Rede Nacional de Mulheres”.

 

Damelis Castillo – RED Intercultural Amazônia-Caribe e Frente Cultural Nuestramerica/Venezuela: “Tinha ouvido falar da marcha e, como vinha para a Cúpula Social do Mercosul, ajustei a data e vou ficar até o dia 20. Sabia que a marcha era grande, mas não imaginava tanto assim”.

 FONTE E FOTOS: Assessoria de Comunicação Marcha das Margaridas - Izabel Rachelle

 

 


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