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O secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, e  o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), Paulo Lócio, reuniram-se, na manhã de hoje, com integrantes da diretoria e assessoria da Fetape,CUT, CPT, do MST e Centro Sabia, para discutir a pauta do Grito da Terra Pernambuco 2015, entregue ao Governo do Estado desde o dia 27 de abril.

Já no início do diálogo, o presidente da Fetape, Doriel Barros, classificou o encontro como um momento muito importante, mas ponderou: ‎ "É preciso que essa disposição para o  diálogo apresentada pelo governo, também se traduza em ações  concretas voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais".

Diante da pauta, o secretário destacou a importância de construir saídas para alguns problemas, de forma coletiva. "Não tenho dúvida da importância da agricultura familiar para o estado, mas os caminhos precisam ser discutidos, aprofundados", disse.

Nilton Mota sinalizou com a possibilidade  da constituição de grupos de trabalho para a elaboração dos Planos de Convivência com o Semiárido e de Reestruturação Socioprodutiva da Zona da Mata, um dos pontos apresentados pelos Movimentos. Entre outras questões, falou que o IPA terá uma seleção simplificada, já no próximo mês, para ampliar o número de técnicos; e que estão sendo buscadas estratégias para a estruturação dos 800 assentamentos do estado, principalmente por meio de diálogo com o Governo Federal. Ele também quis saber mais detalhes sobre o processo de organização das mulheres de Pernambuco para a Marcha das Margaridas. A pauta do Grito reivindica o apoio do estado para que duas mil trabalhadoras possam participar, em agosto, da mobilização, em Brasília.

O secretário se comprometeu em contribuir para que os movimentos e organizações promotoras do Grito possam dialogar com outras secretarias, até o dia da mobilização (20 de maio).