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Jornada realizada pela Contag anima produtores/as rurais e fortalece o cooperativismo no estado

Dirigentes sindicais das Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) dos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe participaram, esta semana, durante três dias, em Carpina (PE), da 1ª Jornada Temática de Organização da Produção e Meio Ambiente, realizada pela Contag e a Fetape.

A atividade teve como objetivo formar dirigentes sindicais que possam atuar, de maneira eficiente, nos espaços territoriais de discussão e tomadas de decisão, contribuindo para a implementação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), do Movimento Sindical Rural. A iniciativa integra o Projeto Territórios, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com o apoio da Caixa.

Uma Contextualização do Rural Brasileiro e suas Implicações no Movimento Sindical Rural; a Política de Desenvolvimento Territorial e o PADRSS; o Papel da Pesquisa Agropecuária no Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar; e a Política da Territorialidade foram alguns dos temas das mesas apresentadas por instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério da Pesca e a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), dentre outras.

O secretário do Meio Ambiente da Contag, Antoninho Rovaris, explicou que a expectativa é de chegar aos estados e fazer um processo que possa fortalecer a rediscussão da postura do Movimento Sindical Rural frente às questões de meio ambiente, em diálogo com o novo Código Florestal, juntamente com as novas condições que estão sendo estabelecidas, bem como exercitar um olhar mais forte sobre a produção da agricultura familiar, no que diz respeito aos seus processos organizativos.  “Isso faz parte de um projeto em discussão também sobre a questão da territorialidade, onde a gente espera que os dirigentes sindicais que aqui estão possam sair  com uma melhor intervenção dentro dos colegiados territoriais, no sentido do processo organizativo dos agricultores familiares e também na questão da sustentabilidade ambiental”.

Para ele, hoje, ainda há dificuldade na organização da produção. “Os agricultores precisam acreditar neles mesmos. Nós estamos ainda muito carentes com relação à confiabilidade entre as pessoas no processo de organização do que se produz. A partir de cooperativas  e de associações, as pessoas podem vivenciar, juntas, os seus problemas e,  também juntas, buscar as soluções”, defende Rovaris.

“Estamos unificados com a Contag e com as outras Federações em torno de um projeto que fortalece o Movimento Sindical Rural, por meio da agricultura familiar, desde a produção até o seu escoamento. Quando a gente não se organiza, quem se fortalece é o agronegócio”, afirma o diretor de Política Agrícola da Fetape, Adimilson Nunis.

Já o diretor de Política para o Meio Ambiente da Fetape, Antônio Francisco da Silva (Ferrinho), analisa que a Jornada cumpriu seu objetivo. Ele afirma que, agora, é possível  perceber a necessidade de trabalhar a agroecologia aqui no estado, de uma maneira mais efetiva, pois foram mostradas várias experiências locais, apresentando as diversas possibilidades de produzir sem agrotóxico, por parte dos agricultores familiares . “Por tudo isso, a jornada está sendo muito rica, a participação está sendo muito boa. Com certeza vamos sair desse encontro com a mente mais aberta, sabendo que é possível trabalhar com os agricultores de uma maneira diferente”.

A assessora da Unicafes Nacional, Rossandra Faria de Andrade, afirma que a parceria estabelecida com a Contag tem sido além da organização da produção. “A gente vem acompanhando todos esses eventos e tentando estreitar essa relação, não só nessa parceria em nível nacional, mas, principalmente, nas estaduais e com as cooperativas e os Sindicatos. Eu acredito que é a partir da base e a partir das cooperativas que essa parceria será fortalecida”.

Mais opiniões

 “Nessa Jornada, eu fico pensando como a gente vai fortalecer o cooperativismo dentro dos nossos territórios, junto com as nossas comunidades ? Até porque a gente sabe da dificuldade que é para o agricultor produzir e comercializar os seus produtos. Se a gente não tiver uma cadeia em conjunto com o Movimento Sindical Rural, associações,   cooperativas ,vai ficar cada vez mais difícil para o agricultor escoar sua produção. Como é que a gente vai produzir com qualidade, sem agredir o meio ambiente e trazendo qualidade de vida para o campo?” - Rilda Maria Alves Jesuíno -  secretária de Política Agrícola da Fetag Alagoas.  

“A 1ª Jornada tem qualificado bastante os dirigentes. Aqui, nós estamos adquirindo experiências na convivência da política territorial, que também hoje faz parte desse nosso trabalho.” - Joaquim Francisco Neto - diretor de Política Agrícola da Fetag/Bahia. 
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