Notícias

Entre os dias 5 e 8 de maio, a Contag e a Fetape   realizarão a 1ª Jornada Temática de Organização da Produção e Meio Ambiente, no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina. O objetivo é formar dirigentes sindicais que possam atuar, de maneira eficiente, nos espaços de discussão e tomadas de decisão territorial, contribuindo para a implementação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), do Movimento Sindical Rural, para transformar a realidade dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.

 

A atividade, que integra o Projeto Territórios, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com o apoio da Caixa,  vai contar com as presenças de diretores/as Política Agrícola e de Política para o Meio Ambiente das Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

 

 

Durante a Jornada, painéis trabalharão temas como:  Contextualização do Rural Brasileiro e suas Implicações no Movimento Sindical Rural; Política de Desenvolvimento Territorial e o PADRSS; e O Papel da Pesquisa Agropecuária no Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar; e a Política da Territorialidade. A ideia é contribuir, dentre outras questões, para definição das linhas de articulação e integração no debate sobre o desenvolvimento e territorialidade, bem como construir uma agenda política de atuação do Movimento Sindical Rural com os participantes, que irão levantar as limitações e as potencialidades existentes nos territórios.

 

Para o diretor de Política Agrícola da Fetape, Adimilson Nunis, Pernambuco é um estado que tem se destacado na produção diversificada. “Nossos agricultores não produzem apenas alimentos. Eles produzem artesanato e beneficiam seus produtos. Organizar a produção significa organizar desde o processo produtivo à comercialização, para poder gerar a renda que os trabalhadores tanto precisam”, explica.

 

Em Pernambuco, existem mais de 70 feiras de produtos agroecológicos e orgânicos, que são organizadas pelas próprias famílias de agricultores, sem nenhum apoio de governos municipais. São produtores/as que cultivam seu plantio sem fazerem uso de agrotóxico.

 

“Para que se tenha uma produção eficiente e qualificada, é necessário um meio ambiente preservado em suas nascentes e mata nativa, com todos os animais que ali vivem, e o próprio agricultor. Vivemos numa realidade onde não há investimento na preservação ambiental. Durante a essa Jornada, queremos mostrar aos participantes que está tudo interligado e é cuidando da terra e do seu entorno que iremos garantir a permanência do agricultor na terra. Quem trabalha com o sistema agroecológico e orgânico já tem essa consciência e a Jornada também pretende fortalecer a organização das feiras agroecológicas”, conclui Nunis.

Fotos: Meramente ilustrativas.