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Pauta do 5º Grito da Terra Pernambuco é entregue ao Governo do Estado

Uma comissão formada pelo Movimento Sindical Rural, por meio da Fetape e seus Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais filiados, Movimentos Sociais e Organizações Não Governamentais que atuam no campo entregou a pauta de reivindicações do 5º Grito da Terra Pernambuco (GTPE) ao chefe da Casa Civil do Estado, Antônio Figueira  e ao secretário de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), Nilton Mota,  no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, na tarde desta segunda-feira. 
 
Como encaminhamento, a partir da próxima segunda-feira, o Governo do Estado irá propor uma agenda de reuniões entre as secretarias de estado e a sociedade civil organizada, para iniciar as  negociaçoes.
 
A 5ª edição do GTPE integra uma estratégia da Contag em realizar o seu  21º Grito da Terra Brasil regionalizado, por meio de cada Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). A ideia é que no dia 20 de maio, ocorram mobilizações nas 27 capitais do país, com as reivindicações específicas de cada estado.
 
Em Pernambuco, os itens da  pauta foram construídos com a colaboração da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Centro Agroecológico Sabiá, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Articulação do Semiárido Brasileiro (Asa Pernambuco); além da Central Única dos Trabalhadores (CUT Pernambuco) e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). O documento contém seis Eixos, dentre eles,  Ações Emergenciais,  Acesso à Terra e Regularização Fundiária.  Ao todo sáo 38 pontos, sendo que 14  centrais, onde destacam-se questoes como disponibilização de água para o consumo humano e animal; e reestruturação da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, transformando-a em Secretaria da Agricultura Familiar e Reforma Agrária.
 
“A pauta que apresentamos é bastante coerente com  as necessidades do campo, inclusive com pontos de outras edições do Grito que não evoluíram. Mesmo com a conjuntura que temos hoje, de dificuldade, esperamos que o Governo do Estado dê importância à agricultura familiar, reconhecendo seu valor. Queremos respostas concretas à nossa pauta, para podermos  evoluir, cada vez mais, em qualidade de vida no campo” explica o presidente da Fetape, Doriel Barros.  
 
De acordo com o secretário Nilton Mota, o documento apresentado traz reivindicações que estão em sintonia com o que a SARA está pensando e planejando. “Com essa série de reuniões que iremos fazer com as diferentes secretarias de estado, queremos, até o dia 20 de maio, trabalhar essa pauta de forma objetiva com o nosso governador, Paulo Câmara. Então, a nossa perspectiva é bastante positiva. Que possamos, juntos, avançar nesses pontos que foram apresentados no dia de hoje”. 
 
Para o coordenador nacional do MST, Francisco Terto, a pauta que foi construída para este Grito tem semelhança com as outras pautas, mas com um diferencial: a importância da unidade que existe entre  as entidades que atuam no campo. “Com isso, mais uma vez, estamos dando um impulso para que se tenha  mais qualificação e uma intervenção melhor do Governo do Estado, que está muito aquém do que se pode e deve fazer. Da reunião de hoje, a gente espera uma resposta mais contundente, não só para os movimentos sociais que construíram a pauta, mas, para que possamos  obter conquistas que levem mais dignidade para o homem e para a mulher do campo”, defende.
 
Já o coordenador executivo da Asa Pernambuco, Alexandre Henrique, observa que a pauta do 5º Grito da Terra Pernambuco apresenta um conjunto de demandas, de iniciativas e de proposições que podem atender a questões que são cruciais para o desenvolvimento rural do estado de Pernambuco, com sustentabilidade e inclusão. “Eu vejo que na reunião de hoje houve uma sinalização positiva, por parte dos secretários, para que, o que nós estamos apresentando como pauta dialogue com os interesses e as intenções do estado. Nós precisamos que, no dia 20 de maio, o governo possa anunciar como, efetivamente,  pretende fazer para que essa intencionalidade se concretize em ações que possam mudar a vida do povo do campo”.
 
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