Com a Feira do Verde, Brejo da Madre de Deus fortalece o título de capital da agroecologia no estado
Há 15 anos, o sucesso se repete: centenas de pessoas circulando entre artesanatos, produtos in natura e beneficiados, mudas de plantas ornamentais e de árvores frutíferas produzidas pela agricultura familiar. Esse é o cenário da Feira do Verde, que acontece hoje e amanhã (25), na praça Dantas Barreto, no Centro de Brejo da Madre de Deus. As atrações culturais ficarão por conta de bandas de forró pé-de-serra.
Na edição deste ano, a Feira traz dois diferenciais. O primeiro, é um destaque para o Ano Internacional dos Solos, uma iniciativa das Organizações das Nações Unidas, que pretende colocar em evidência esse recurso natural não renovável, chamado a atenção da população para a necessidade de preserva-lo. O segundo, é a realização da 1ª Mostra Fotográfica Brejo Capital da Agroecologia, que irá premiar estudantes e turistas que apresentem imagens fotográficas que melhor retratem os/as agricultores/as familiares e os pontos turísticos da cidade.
“Essa mostra é importante para que as pessoas percebam a importância que a cidade tem no cenário local, regional e estadual, por ser um município que tem uma agricultura familiar que produz alimentos orgânicos, um local de Mata Atlântica e outros recursos naturais preservados. Tudo isso será retratado pelas lentes de quem mora aqui e de quem vem nos visitar. Com isso, queremos que as pessoas percebam, cada vez mais, a importância da agroecologia para o desenvolvimento da agricultura familiar”, explica o diretor de Organização e Formação da Fetape e filho de Brejo da Madre de Deus, Adelson Freitas.
Em 2014, o município de Brejo da Madre de Deus recebeu o título de Capital da Agroecologia, por meio da Lei nº 14.612/2012, de autoria do deputado estadual Manoel Santos, que faleceu no início desta semana. A iniciativa é um reconhecimento ao trabalho realizado pelos agricultores e agricultoras familiares, que optam por cultivar suas terras em cooperação com a natureza, preservando recursos naturais e buscando ampliar a produção e comercialização de seus produtos sem o uso de agrotóxicos, o que tem contribuído diretamente para o desenvolvimento socioeconômico da cidade.