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Dirigentes sindicais do Agreste pernambucano se reúnem e planejam ações para assalariados/as rurais

De hoje até a próxima quinta-feira (9), dirigentes sindicais da região Agreste pernambucano estarão reunidos no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina, no Curso Estadual de Formação de Assalariados e Assalariadas Rurais, realizado pela Diretoria de Política Salarial da Fetape, Contag  e Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), com o apoio do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

A atividade pretende planejar e preparar as ações sindicais de organização e formação voltadas para a categoria, na região. “Queremos entender as necessidades, levantar um diagnóstico dos problemas e projetar ações que possam dar respostas a essas questões.   Nessas atividades, nós também iremos conversar sobre direitos trabalhistas, buscando qualificar os dirigentes, para que possam atender os trabalhadores assalariados que não estão organizados em sua base”, explica o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag, Elias D’Ângelo.

A região Agreste de Pernambuco é composta por 71 municípios, onde estão espalhados assalariados e assalariadas rurais, o que dificulta a organização da categoria. A partir desse Encontro, que também será realizado para a Zona da Mata e o Sertão, a Fetape pretende fortalecer a luta dos/as trabalhadores/as rurais. “Do ponto de vista estratégico, queremos chegar até os trabalhadores da região que estão na informalidade. Vamos juntar esse grupo, e trabalhar a questão de um Acordo Coletivo. Mas, antes, é necessário preparar os diretores para, juntos, enfrentarmos esse desafio”, pondera o diretor de Política Salarial da Fetape, Gilvan Antunis.

Há uma estimativa de que só no município de São Bento do Una existam cerca de 3 mil trabalhadores/as rurais de granjas, vivenciando uma realidade de informalidade, na qual direitos como hora extra e salário família não são pagos, tampouco há dias de folga. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais local, Maria José Lemos de Melo, o maior desafio é a questão dos empresários, pois eles intimidam os/as assalariados/as e muitos têm medo de se comprometer com alguma organização trabalhista e serem demitidos. “A partir desse encontro de planejamento, a expectativa é que a gente entre em campo para avançar nessa luta. Além do mais, precisamos quebrar esse medo de nos aproximarmos dos empresários, para mostrar o valor que tem o trabalhador, fazendo com que eles tenham seus direitos respeitados”, firma a dirigente.


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