Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais aconteceu dias 28 e 29, em plataforma virtual
“Sem as mulheres a luta do movimento sindical vai pela metade”, defendeu a secretária de Mulheres da Contag, Mazé Moraes, durante a realização da 7ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (PNMTR) que aconteceu nos dias 28 e 29 de outubro, em plataforma virtual, com a presença de cerca de 400 mulheres de todas as federações e sindicatos filiados à Contag.
A plenária é um processo formativo, avaliativo e de proposições para o 13º Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares - CNTTR, que será realizado em abril de 2021. Pernambuco esteve presente com delegação composta pelas diretoras da Fetape e da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais.
O primeiro dia do encontro contou místicas e abertura política com participação da direção da Contag e representantes de Centrais Sindicais como a CUT e a CTB. Um dos painéis teve como tema o contexto do país em que ocorre a 7ª PNMTR, com exposição da educadora popular e professora da UFCG, Socorro Silva.
Diretora de Políticas para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento
A exposição “A Importância das mulheres no fortalecimento da agricultura familiar e os desafios enfrentados”, contou com a contribuição da diretora de Política para Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento, que representou a Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CNMTR) e a coordenadora do CTA, Beth Cardoso, que representou o GT de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
“Estamos juntas e nossa força tem que ser feminista”, afirmou a diretora Adriana do Nascimento. A quarta-feira (28), foi encerrada com debate e aprovação de proposições das mulheres para o conjunto do MSTTR.
Secretária de Mulheres da Contag, Mazé Moraes
Fortalecimento da participação política das mulheres – Esse foi o tema de debate no segundo dia de Plenária, que contou com a participação da secretária de Mulheres da FETAES, Augusta Búffolo, e a feminista do Coletivo Instituto Feminista para a Democracia SOS Corpo, Silvia Camurça.
A questão da política de cota de participação e a paridade de gênero, a disparidade na ocupação dos cargos de poder decisórios e a renovação nos processos de eleição que dificultam o fortalecimento das ações foram destaques no debate.
Mulheres trabalhadoras rurais conectadas acompanhando debate nos Polos Sindicais
“O que acontece no movimento sindical acontece em toda a estrutura do país. A política democrática é recente. A questão de repartir o poder é democratizar. Paridade não é só questão de igualdade de números nas eleições. Por que isso ocorre? Não temos o lugar garantido na política. Temos que brigar por ele todo dia”, alertou Silvia Camurça.
“Temos que identificar as diversas lacunas que encontramos nesse movimento. Em relação a participação social é fundamental para que a gente comece entendendo nosso papel na sociedade, mas sem esquecer nossa participação política. Uma não está dissociada da outra”, disse a diretora de Mulheres da Fetape, Adriana do Nascimento.