Nesta terça-feira (13), foi realizada a Oficina de Tecnologias da Informação e Comunicação e Cuidados Digitais como parte das ações do Projeto Mulheres & Juventudes: pela agroecologia e pelo fim de todas as formas de violência executado pela Fetape e a ONG Casa da Mulher do Nordeste, com apoio da Agência de Cooperação Alemã Misereor.

As assessorias das instituições parceiras e as mulheres que  atuam como lamparinas nos cinco territórios contemplados pelo projeto em Pernambuco participaram da formação conduzida pela militante sindicalista e de segurança digital Leilane Cruz. A facilitadora apresentou o tema das ferramentas digitais e cultura de segurança em meio a pandemia.

“As pessoas começaram a ter dinheiro pra usar os smartphones de 2014 em diante. Ele é um computador de bolso. E no Brasil a maioria das pessoas acessam internet via celular e fizeram popularizar youtube, instagram, twitter. É uma era da ‘plataformização’ e ‘aapficação’. Esse uso massivo do celular está no meio de um processo do capitalismo que quer que você use o computador o tempo inteiro”, avaliou Leilane.

Outros conceitos tecnológicos foram trabalhados, como a questão da economia de dados e alguns tipos de aplicativos de mensagens. O debate trouxe à tona o distanciamento social e os benefícios e malefícios das tecnologias na vida da população do campo e da cidade. Exercícios práticos com ferramentas de videoconferência foram realizados durante a oficina.

“É uma oficina em que vocês estão trabalhando a questão da comunicação e das tecnologias. Sei que cada uma de vocês têm tido dificuldades e é importante que cada vez mais a gente aprenda. Tem aplicativos que são inseguros e nesses cursos temos orientações, pois estamos vivendo um momento difícil no Brasil. Não só dirigentes sindicais, mas todas as pessoas que defendem direitos e são acusadas de comunistas e perseguidas nas plataformas digitais. Então, utilizar esses meios de forma segura é importante”, alertou a presidenta da Fetape, Cícera Nunes.

“Esse projeto junto com a Fetape tem sido uma experiência muito importante. Vejo o projeto como uma grande energia de esperança e ações concretas. Essa Oficina tem uma importância grande. É um momento difícil politicamente. E é importante que a gente se aproprie por que a informação e a comunicação é poder. Sobretudo entender que as nossas ações políticas precisam ser instrumentalizadas, e essa pandemia nos coloca num lugar de muitas necessidades. Temos que nos apropriar para que possamos continuar fazendo política e nos encontrando”, disse a presidenta da Casa da Mulher do Nordeste, Graciete Santos.