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Autonomia das instituições e o fim da impunidade

O Brasil vive um momento histórico, onde as instituições estão recuperando sua autonomia, e a ideia de que "gente rica não é presa", começa a fazer parte do nosso passado. Hoje, presenciamos representantes da elite sendo presos, julgados e condenados.

As operações realizadas pela Policia Federal, bem como a atuação do Ministério Publico Federal demonstram que todos são iguais perante a lei e, como disse um procurador geral da República Rodrigo Janot, recentemente, durante sabatina no Congresso Nacional, “o pau que dá em Chico dá em Francisco”. Essa fala dá a dimensão de como está sendo tratada a corrupção no Brasil. Mesmo todos sabendo que esse é um mal que sempre existiu, somente agora presenciamos a prisão de acusados "engravatados", a exemplo do empresário Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, um dos homens mais ricos do país.

Infelizmente, não identificamos a grande mídia e nem os políticos, principalmente da oposição, que tanto utilizam a Operação Lava Jato para se promoverem, falar da importância de ações como essa; do papel autônomo das instituições; da forma independente de como estão atuando; e do valor do trabalho que realizam. Nossa gente tinha um ditado que dizia: "só vai para a cadeia ladrão de galinha", mas, hoje, é possível mudar essa visão, pois a Justiça está funcionando para todos .

É evidente que isso só tem acontecido porque o resultado das urnas, nas últimas eleições, colocaram no poder presidentes que sabem seu papel, e reconhecem e valorizam as instituições, de forma a assegurarem a tão desejada transparência. A corrupção, que está presente em todos os setores, públicos ou privados, poderia já ter sido reduzida se os governos anteriores não tivessem adotado a postura de "empurrar as coisas para debaixo do tapete" para protegerem os ricos, como se esses fossem superiores aos outros filhos do Brasil.

A Operação Lava Jato precisa ser comemorada. Mas não como uma forma de punir o governo, como alguns insistem em fazer. Nós, da sociedade civil, precisamos enxergar essa Operação como uma afirmação clara de que o Brasil está no caminho certo. Pois, se reconhece a grandeza de um país quando todos os seus habitantes são tratados com igualdade perante a lei.

Esperamos que se continue colocando a limpo os mais de 500 anos de impunidade e corrupção. Fortunas foram construídas com o dinheiro público, sem que os grandes responsáveis fossem punidos. Essa história foi vista por muito tempo como algo natural, e isso gerou dívidas astronômicas ao Brasil, criando uma desigualdade absurda entre ricos e pobres.

Fonte: Doriel Barros - presidente da Fetape

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