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Agosto - Margaridas seguem em Marcha

O Movimento Sindical está se preparando para o maior evento de massa organizado por trabalhadoras no País. Nos dias 11 e 12 de agosto, cerca de 100 mil mulheres estão sendo esperadas, em Brasília, para a 5ª Marcha das Margaridas.  A mobilização recebe esse nome em homenagem à Margarida Maria Alves, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, que foi brutalmente assassinada por latifundiários em 1983. Sua luta se tornou uma referência. Mulher guerreira, ela defendia a reforma agrária e os direitos sociais. Uma de suas frases expressa a força da mulher rural: “Melhor morrer na luta, do que morrer de fome”.

Exemplos como o de Margarida Maria Alves inspiram mulheres e homens sedentos de liberdade, igualdade e respeito, principalmente às companheiras mulheres, vítimas do machismo ainda galopante no País. Diariamente, uma série de acontecimentos demonstra a necessidade de mobilizações que envolvam o campo e a cidade em prol da igualdade. 

É visível o preconceito em relação às mulheres. A presidenta Dilma e tantas outras mulheres anônimas têm sido vítimas, diariamente, de uma parte da sociedade, que não admite a igualdade de direitos, bem como não aceita que uma mulher ocupe cargos de decisão, cargos de poder.

A Macha das Margaridas acontece em um momento importante da nossa história, no qual o ódio e a intolerância querem derrubar a primeira presidenta eleita democraticamente no Brasil. Essa mobilização tem, evidentemente, vários pontos que buscam assegurar um conjunto de ações necessárias ao fortalecimento do processo produtivo, de inserção das mulheres no mercado de trabalho, bem como luta por reforma agrária, salário decente, educação, saúde, moradia. Mas a atual conjuntura exige também um posicionamento claro de defesa do projeto político em vigor, e que tem a presidenta Dilma como grande líder. Não podemos voltar ao passado, quando, aqui, em Pernambuco, por exemplo, Miguel Arraes foi tirado do poder simplesmente por defender a democracia e os princípios constitucionais.

É preciso fazer dessa Macha um grande evento da democracia de um País onde as pessoas possam viver com dignidade, onde os mais pobres não sejam marginalizados ou responsabilizados por todos os problemas. Temos acompanhado alguns discursos que querem atribuir a crise às politicas sociais dos governos do ex-presidente LULA e de Dilma. É contra esse tipo de mente preconceituosa que temos que lutar. 

Uma delegação com mais de 25 ônibus, organizados pela FETAPE e diversos movimentos sociais de luta pelo campo e da cidade, seguirão de Pernambuco para marchar imbuídos da certeza que juntos (homens e mulheres) seremos mais fortes.

Fonte: Doriel Barros - presidente da Fetape

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